Diabetes é uma doença crônica, caracterizada pela elevação persistente do nível de açúcar no sangue
– Foto: Divulgação
O Dia Mundial do Diabetes, uma doença crônica caracterizada pela elevação persistente do nível de açúcar no sangue, é comemorado nesta quinta-feira, 14. A Secretaria de Estado da Saúde (SES/TO) reforça a importância da informação, da prevenção e da realização de um acompanhamento adequado, além da adoção de um estilo de vida saudável. Conforme registro do Sistema de Informação para Atenção Básica (Sisab), atualmente, o Tocantins possui 112.856 casos de diabetes.
“Conhecida como uma doença silenciosa porque, em seus estágios iniciais, muitas vezes não apresenta sintomas óbvios, é de suma importância que as pessoas fiquem atentas aos exames de rastreio e busquem sempre avaliação médica. É recomendado o rastreamento de DM2 (diabete mellitus) para todos os indivíduos com idade maior ou igual a 35 anos e para adultos com sobrepeso ou obesidade, que tenham pelo menos um fator de risco adicional para DM2 (história familiar, hipertensão arterial, entre outros). Em relação ao tratamento, um fator primordial é a mudança de estilo de vida. Adotar hábitos saudáveis como exercícios físicos regulares; se alimentar de forma balanceada, sem excesso de consumo de açúcares, gorduras e industrializados; evitar vícios como cigarro e álcool; e dormir bem”, afirma a médica endocrinologista do Hospital Geral de Palmas (HGP), Bruna Lamounier.
Fatores de risco
De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Diabete Melito do Ministério da Saúde, os principais fatores de risco para DM2 são divididos em duas categorias principais, sendo eles os fatores modificáveis, como a idade maior que 45 anos, sobrepeso ou obesidade, sedentarismo, síndrome dos ovários policísticos (SOP), pré-diabete, hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia e os fatores não modificáveis que são a história familiar em parentes de primeiro grau, histórico de diabetes gestacional e etnia negra, indígena, hispânica/latina e asiática.
Diapuníria de Carvalho Souza descobriu que tinha diabetes tipo 2 em 2017. “Após isso, houve uma mudança muito grande na minha rotina, porque eu era uma pessoa completamente sedentária e temos que fazer muito exercício físico, uma boa dieta; também existe as medicações que preciso tomar e adotar novos hábitos”, declara.
Trabalho conjunto
“Trabalhamos na perspectiva de apoiar e orientar os profissionais e gestores de saúde no planejamento/organização e desenvolvimento de ações no processo de trabalho capacitando as equipes de saúde do SUS, que promove a ampliação das questões que envolvem a promoção e prevenção de saúde de forma articulada dentro do processo de trabalho. Temos atuado de forma integrada com as outras áreas técnicas da Diretoria da Atenção desenvolvendo ações que visam promoção e prevenção do Diabetes Mellitos”, ressalta a assistente social da área Técnica Hipertensão e Diabetes/Diretoria de Atenção Primária da SES, Diléadina Ferreira Cardoso.
A técnica acrescenta que a atenção primária à saúde é um nível de atenção essencial na prevenção e no controle do diabetes, especialmente no que se refere à identificação dos fatores de risco ao rastreamento e diagnóstico da doença em seu estágio inicial.
São sinais e sintomas da doença: cansaço, fraqueza, urinar muito, muita sede, visão turva (embaçada, distorcida), sonolência, tontura, pele e boca secas.
Tipos de Diabetes
O diabete mellitus é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode levar à morte.
O diabetes mellitus tipo 1 é uma doença crônica autoimune que ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca e destrói as células beta do pâncreas, responsáveis por produzir insulina. A insulina é um hormônio essencial para que o açúcar presente no sangue possa entrar nas células e ser utilizado como energia. Sem insulina suficiente, o açúcar se acumula no sangue, causando hiperglicemia.
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