Superintendente da Semarh, Marli Santos, pontuou que o sucesso das estratégias depende de pactos efetivos entre os setores público e privado
– Foto: Semarh/Governo do Tocantins
O Governo do Tocantins destacou seu trabalho com o sistema jurisdicional de Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), nesta terça-feira, 19, apresentando o estado como um território seguro para investidores do mercado de carbono durante a 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 29), realizada em Baku, no Azerbaijão.
A superintendente de Gestão de Políticas Públicas Ambientais da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Marli Santos, pontuou que a credibilidade das iniciativas do estado está atrelada à transparência e ao fortalecimento da segurança jurídica.
“O comprador de carbono não investe em projetos sem bases jurídicas sólidas ou que não estejam diretamente ligados à preservação ambiental. Por isso, estamos estruturando políticas de REDD+ com monitoramento rigoroso e metas claras, garantindo que nossas ações tenham impacto real e sejam reconhecidas pelo mercado internacional”, afirmou a superintendente.
A integração de práticas agrícolas e florestais sustentáveis ao programa Tocantins Competitivo é outro destaque das estratégias do estado. “O REDD+ é uma oportunidade de associar preservação ambiental ao desenvolvimento econômico, beneficiando comunidades locais e produtores rurais. Nosso objetivo é construir um modelo que promova ganhos concretos para o meio ambiente e para a economia”, continuou a superintendente da Semarh.
Modelo sustentável na agropecuária
No painel Estratégia de Desenvolvimento de Baixas Emissões em Estados Agroflorestais, realizado no Pavilhão Brasil, a superintendente Marli Santos destacou o Tocantins Competitivo, programa estruturado para alinhar desenvolvimento econômico e sustentabilidade. A iniciativa é baseada em quatro eixos: ambiental, social, econômico e de infraestrutura.
“O Tocantins é essencialmente agropecuário e garantir o desenvolvimento sustentável significa construir soluções que preservem nossas florestas, reduzam emissões e assegurem a competitividade da produção agrícola e pecuária no mercado global”, afirmou Marli Santos.
Entre as ações apresentadas estão a regularização ambiental de propriedades rurais; o fortalecimento de cadeias produtivas específicas, como piscicultura e silvicultura; e investimentos em infraestrutura logística, como rodovias e hidrovias, para otimizar o escoamento de produtos.
Foi destacado ainda que o sucesso das estratégias depende de pactos efetivos com o setor privado. “É fundamental que o agronegócio esteja alinhado a esse compromisso, integrando práticas sustentáveis que valorizem nossos produtos no mercado global”, ressaltou a superintendente da Semarh.
Futuro sustentável da Amazônia Legal
A governança do programa inclui o acompanhamento contínuo das metas pactuadas e indicadores claros para medir os resultados. O Tocantins busca consolidar-se como referência em sustentabilidade e desenvolvimento na Amazônia Legal, alinhando esforços à agenda climática global. “Estamos criando um modelo de governança que une competitividade e preservação ambiental. Esse é o caminho para garantirmos um futuro sustentável para nosso estado e para o Brasil”, concluiu Marli Santos.
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