Os garis contratados para trabalhar na coleta de lixo em Santa Tereza de Goiás, no norte do Estado, ficam expostos a riscos. Imagens de um video institucional publicado na página da prefeitura no Instragram em comemoração ao Dia do Gari, mostram que alguns servidores da limpeza trabalham sem usar os equipamentos de proteção individual (EPIs). Os garis recolhem o lixo sem luvas das ruas. Não usam uniforme, nem calçados adequados.
Em outro trecho das imagens, um homem não usa EPIs e está vestido com bermuda, camiseta e chinelos para recolher lixo das ruas.
[/video]De acordo com o engenheiro de segurança do trabalho Marco Túlio Marques Machado, nessas condições os trabalhadores ficam expostos a uma série de riscos. “São matérias orgânicas, às vezes em decomposição, que criam alguns microrganismos. Durante esse manuseio, ele pode ter necessidade de coçar o olho ou a boca. Ou então ele vai transferir aquele material do lixo para seu corpo. Por isso a necessidade do uso dos EPIs”, explicou.
Resposta
O site entrou em contato com a prefeitura de Santa Tereza de Goiás. A informação que recebemos e que os garis receberam os uniformes, mas alguns não usam por escolha e outros porque são de uma empresa terceirizada.
Pela legislação que regula o setor, durante o trabalho, os garis devem usar luvas, botinas, máscaras, óculos, bonés e protetores de ouvido. O kit com esses itens de segurança custa, em média, R$ 50.
De acordo com o Ministério do Trabalho, a obrigação de fiscalizar o uso de equipamentos de segurança é do empregador – no caso, a Prefeitura. Por outro lado, o gari que não usa os EPIs pode ser demitido por justa causa. “A Prefeitura tem culpa se não vigiar o uso. Pode ser responsabilizada também”, acrescentou o especialista.
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