A Justiça Eleitoral da 2ª Zona Eleitoral de Gurupi impugnou na tarde deste sábado, (31) mais uma pesquisa realizada pelo Instituto Gauss, contratada pela coligação da prefeita Josi Nunes, após constatar irregularidades significativas no processo de registro e divulgação dos dados. A pesquisa, registrada sob o número TO-07072/2024, colocava a atual prefeita na liderança da corrida eleitoral, mas foi suspensa por não atender às exigências legais determinadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Entre as irregularidades apontadas, destacam-se: falta de transparência, pois o instituto não apresentou os dados completos dos entrevistadores, mapas das áreas pesquisadas, nem os documentos comprobatórios que evidenciam a presença dos entrevistadores em Gurupi, durante a realização da pesquisa.
Outra irregularidade foi a ausência de documentos importantes como a comprovação da origem dos recursos financeiros, utilizados na pesquisa, nem o laudo estatístico assinado pelo profissional responsável. Além disso, há irregularidade também na amostragem: a pesquisa não apresentou mapas detalhados por regiões, subdivididos por sexo, faixa etária, e renda, conforme a metodologia divulgada pelo próprio instituto.
Diante dessas falhas, a Justiça Eleitoral considerou a pesquisa “não confiável” e determinou sua imediata suspensão, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 em caso de descumprimento.
Tentativa de manipulação eleitoral
A decisão judicial evidencia uma tentativa clara de manipular a opinião pública, através de uma pesquisa irregular, comprometendo a confiança do eleitorado. Esta é a segunda vez em poucos meses que uma pesquisa do Instituto Gauss é impugnada, reforçando as suspeitas sobre a credibilidade do instituto.
Ministério Público
O Ministério Público Eleitoral já havia se manifestado em outros casos envolvendo o Instituto Gauss, destacando a falta de conformidade com as exigências legais e as graves divergências entre os dados apresentados e a realidade do cenário eleitoral. Além de Gurupi, o Instituto Gauss também teve pesquisas suspensas recentemente em outras cidades, como Araguaína (TO) e Balsas (MA), o que levanta sérias dúvidas sobre sua metodologia e idoneidade.
Não confiáveis
A decisão da Justiça Eleitoral garante que as informações levadas ao público sejam precisas e baseadas em dados confiáveis, impedindo que os eleitores sejam induzidos ao erro por informações manipuladas. A coligação “A Força que Vem do Povo”, elogia a decisão, que considera uma vitória da transparência e da legalidade no processo eleitoral. O candidato da coligação, Eduardo Fortes, afirmou que seguirá lutando para garantir uma eleição “limpa, justa e livre de manipulações”, observou.
Stylo
O instituto de pesquisa Portal Stylo, que divulgou um levantamento recente favorecendo Josi Nunes, também já teve pesquisas impugnadas pela Justiça Eleitoral. Em Gurupi foram duas: (TO-08799/2024 e TO-01117/2024), além de uma em Cariri (TO-08309/2024), e outra em Palmas (TO-02097/2024).
Fonte Ascom
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