Instituto Gauss já foi condenado pela Justiça Eleitoral por pesquisas irregulares

O instituto de pesquisa Gauss, responsável por diversas sondagens eleitorais, vem enfrentando uma crescente onda de desconfiança quanto à veracidade e imparcialidade de seus levantamentos. A falta de credibilidade da empresa se tornou uma preocupação não apenas para candidatos e partidos políticos, mas também para o eleitorado que depende dessas informações para tomar decisões informadas.

A atuação do Gauss no Tocantins não é novidade, e tem gerado cada vez mais críticas devido à falta de transparência e à metodologia questionável empregada em suas pesquisas. Nos últimos meses, o instituto tem sido alvo de processos judiciais que questionam a forma como os levantamentos são conduzidos e os resultados divulgados. Recentemente o Ministério Público Eleitoral do Tocantins manifestou-se em relação à ação de impugnação do registro e divulgação da pesquisa eleitoral TO-02978/2024 para Prefeito de Araguaína. A ação, movida pelo partido Republicanos, questiona a pesquisa contratada e realizada pela empresa M. Vieira da Silva Barros – ME (Gauss), apontando inconsistências metodológicas e estatísticas, onde as investigações preliminares apontam para possíveis irregularidades na condução das pesquisas.

Segundo a análise do Ministério Público, a pesquisa não cumpriu os requisitos legais estipulados pela Lei 9.504/97 e pela Resolução 23.600/2019 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Especificamente, foram encontradas divergências entre o plano amostral da pesquisa e os dados estatísticos oficiais. O MPE, ao analisar o caso, deu suporte à impugnação, apontando que as falhas na pesquisa levantam sérias dúvidas sobre sua credibilidade e prejudicam a interpretação dos resultados. Por essa razão, pediu que a impugnação fosse aceita, bloqueando o registro e a divulgação dos dados da pesquisa contestada.

O histórico do instituto Gauss já apresentava indícios de problemas em eleições anteriores. Especialistas em estatística e metodologia de pesquisa apontam falhas graves nas amostragens e no processamento dos dados, o que compromete a validade dos resultados apresentados, onde a perda de confiança no Gauss coloca em xeque a credibilidade das pesquisas eleitorais, ressaltando a importância de uma regulamentação mais rígida e de maior fiscalização por parte dos órgãos competentes. A sociedade, por sua vez, precisa estar atenta às fontes de informação e buscar sempre uma visão crítica e fundamentada antes de formar suas opiniões sobre o cenário político.

No caso específico de Gurupi, a pesquisa recente, que coloca Josi Nunes em uma posição de destaque, foi recebida com desconfiança pela população, por dados que favorecem determinados interesses políticos. Essas acusações seguem a linha de outras denúncias que têm sido feitas contra o Gauss, apontando para uma possível falta de ética e rigor nas pesquisas eleitorais. Outras duas pesquisas realizadas pelo mesmo instituto já foram impugnadas em Paraíso-TO e Santa Maria-PA, por apresentarem diversas irregularidades.