Fêmea do mosquito Anopheles é a transmissora da doença febril aguda e pode levar a morte
– Foto: Divulgação
O Dia da Malária nas Américas, comemorado nesta quarta-feira, 6, destaca os avanços e desafios na luta contra a doença. A data visa mobilizar a população para a prevenção e tratamento, incentivando a participação de diferentes setores da sociedade.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a Amazônia Legal registrou 107.486 casos de malária entre janeiro e setembro de 2024. Os estados do Amazonas, Pará e Roraima concentram cerca de 86% dos casos, com 92.190 diagnósticos no período (Sivep-Malária, 2024).
No Tocantins, foram confirmados 21 casos de malária em 2024, todos importados de outras regiões. O estado apresentou uma redução de 27,5% em comparação com o ano anterior. Os casos ocorreram nas regiões de saúde do Bico do Papagaio, Médio Norte Araguaia, Capim Dourado, Ilha do Bananal e Cantão. O perfil dos infectados indica que 68% têm entre 30 e 49 anos, 86% são homens, e 45,7% trabalham em garimpos, enquanto 5,7% realizam atividades de caça e pesca.
A técnica da área de combate à malária, na Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), Vanuza Alves Soares, reforça que o Tocantins está em trajetória para eliminação da malária. “O Tocantins caminha para a eliminação da doença no estado, sendo provavelmente o primeiro da Região Norte a alcançar essa importante conquista, mas para isso, as equipes municipais de saúde precisam estar vigilantes para a suspeição precoce dos casos e tratamento oportuno”.
A SES-TO da suporte a campanhas de educação e mobilização social em alusão ao Dia da Malária nas Américas, visando sensibilizar gestores, profissionais de saúde e a população para medidas de prevenção e controle da doença. O Brasil mantém o compromisso de erradicar a malária até 2035, conforme acordado com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo a diretora de Vigilância das Doenças Vetoriais e Zoonoses da SES-TO, Mary Ruth Batista Glória Maia, a recomendação é o uso de repelentes, telas em portas e janelas, roupas que cubram braços e pernas e, principalmente em áreas de risco, dormir sob mosquiteiros com inseticida. “Além disso, é essencial conhecer os sintomas e buscar atendimento médico imediato ao perceber sinais da doença. Medidas preventivas são fundamentais, especialmente para viajantes, garimpeiros e trabalhadores expostos em áreas de floresta, onde o risco de contaminação é maior”.
Doença
A causa da malária é o parasita Plasmodium, transmitido pelo mosquito fêmea infectado Anopheles; os sintomas incluem febre, dor de cabeça e calafrios, surgindo entre 8 e 30 dias após a picada; o diagnóstico é feito com exame de sangue, com resultado em até 24 horas. O tratamento depende da espécie parasitária e do peso do paciente, sendo essencial completá-lo para a cura total; e como prevenção recomenda-se evitar exposição ao mosquito ao amanhecer e anoitecer, usar roupas de mangas longas, repelentes, mosquiteiros e telas em portas e janelas em áreas de risco.
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