Em uma série de eventos que acenderam o alerta na comunidade de Gurupi, o presidente da Câmara de Vereadores e pré-candidato a prefeito em Cariri do Tocantins, Valdônio Rodrigues, tem sido alvo de críticas e desconfiança por parte de vereadores e cidadãos. A suspensão abrupta da sessão legislativa e a ausência de leitura de um requerimento crucial levantaram suspeitas de que Rodrigues estaria manobrando para evitar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a prefeita Josi Nunes, investigada por suspeitas de irregularidades em sua aposentadoria.
A comunidade de Gurupi, incluindo membros do corpo docente da Universidade de Gurupi (UnirG), manifestou preocupações de que o pedido de CPI possa ser estrategicamente engavetado pelo presidente da Câmara. Essa possibilidade, se concretizada, poderia livrar a prefeita Josi Nunes de responder pelas graves acusações, minando a credibilidade do legislativo municipal e frustrando as expectativas de justiça. Vale lembrar que Josi Nunes está sendo investigada também pelo Ministério Público do Tocantins.
Conforme o regimento interno da Câmara de Gurupi, a abertura de uma CPI requer apenas cinco votos favoráveis dos vereadores, o que tecnicamente poderia ser alcançado. No entanto, a conduta de Valdônio Rodrigues, ao suspender a sessão e não proceder com a leitura do requerimento, gerou inquietação e levantou questionamentos sobre as reais intenções do presidente da casa.
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Denúncia na Câmara
Na manhã de terça-feira (13), o professor da UnirG e advogado Paulo Izídio da Silva Rezende denunciou no parlamento municipal, a série de irregularidades relacionadas à concessão da aposentadoria da prefeita, sugerindo que o processo não só foi conduzido de maneira irregular, mas que também pode ter envolvido crimes de peculato e improbidade administrativa.
Segundo o professor, a aposentadoria de Josi Nunes foi concedida por decisão judicial em um processo que tramitou em segredo de justiça, o que por si só já levanta suspeitas sobre a transparência do caso. Entretanto, o ponto mais crítico apontado por Izídio diz respeito à vinculação da aposentadoria ao Gurupi PREV, fundo de previdência destinado exclusivamente a servidores municipais e professores concursados. “A prefeita nunca foi concursada na UnirG, a instituição vinculada ao fundo, o que torna sua aposentadoria ilegal”, argumentou Izídio.
Em sua fala, o professor foi enfático ao declarar que “o processo de concessão da aposentadoria da prefeita não seguiu as normas estabelecidas pela Constituição de 1988, o que configura uma clara violação da lei”. Ele alertou os vereadores sobre a gravidade da situação. Diante dessas alegações, a Câmara de Vereadores de Gurupi parece estar diante de um momento decisivo. No entanto, a comunidade teme que Valdônio Rodrigues, ao suspender a sessão e evitar a leitura do requerimento, esteja preparando o terreno para engavetar o pedido de CPI.
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