Na busca por uma assistência cada dia melhor, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) está ofertando um curso de capacitação Atendimento da fase aguda do Acidente Vascular Cerebral (AVC), abordando sobre a segurança e assertividade na urgência hospitalar do AVC. O curso ocorre nos dias 3 e 4 de setembro, no Hospital Geral de Palmas (HGP) e tem como público-alvo todos os servidores da unidade.
O projeto de capacitação começou em 2022 e, desde então, anualmente são realizados treinamentos práticos. No início de 2023, os Hospitais Regionais de Paraíso, Porto Nacional e Miracema passaram pelo treinamento e também os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e das Unidades de Pronto Atendimento (Upas).
A neurologista, neurovascular, coordenadora da linha de cuidados de AVC do Estado do Tocantins e coordenadora da unidade de AVC do HGP, Priscila Leite, explica que “atualmente, o AVC [Acidente Vascular Cerebral] é a principal causa de morte e incapacidade no nosso país e que, além do alto custo público, o paciente quase sempre fica com sequelas irreversíveis. Hoje em dia, o que nós temos para oferecer no tratamento do AVC é a terapia de infusão, que deve ser feito até 4 horas e meia do início dos sintomas, então nosso maior vilão no tratamento do AVC é o tempo, infelizmente muitos pacientes chegam fora do tempo de tratamento, aumentando as chances de sair com sequelas”.
A especialista acrescenta que, “o objetivo desse treinamento é capacitar colaboradores e servidores da unidade, para que reconheçam um paciente com AVC. É necessário que a recepção saiba reconhecer, a triagem, os médicos alocados na internação, que a radiologia saiba que esse paciente com suspeita de AVC, dentro das 4h30, que ele é prioridade no atendimento, essa sincronia é para que o paciente consiga receber o tratamento no menor tempo possível. O mais importante é que o paciente precisa chegar no lugar certo, no tempo certo e encontrar uma equipe que saiba reconhecer, iniciar o protocolo stroke e fazer o tratamento no menor tempo possível, para que esse paciente saia sem sequelas”.
A técnica de enfermagem, Eliane Sousa, participa da capacitação e falou da experiência. “Eu achei muito interessante, sempre participo dessas formações, porque elas são muito importantes, tanto para o nosso desenvolvimento profissional quanto para a segurança do paciente. Principalmente no caso do AVC, em que a rapidez na identificação e no tratamento é fundamental para a recuperação do paciente”.
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